segunda-feira, 23 de junho de 2008

Uma caminhada solitária.

Hoje um professor me falou que a experiência da vida é solitária, as pessoas entram e saem e a continuamos sozinhos, seja por falência ou viagem a distância sempre dá um jeito de atrapalhar e fazer aquela frase clichê "o pra sempre SEMPRE acaba" dar certo.
Será que é realmente assim? Deveríamos nós conhecer as pessoas mas sem se apegar pra não sofrer? A vida e seus joguinhos complexos.
Por mais que não acredite, sempre aparece alguma coisa pra teres certeza de que teu pensamento é errado. O melhor amigo mudar de colégio, um amigo te trocar pelo namorado(a) ou um amigo novo, um ente querido falecer de maneira trágica ou até mesmo você se mudar de cidade.
A vida é totalmente mutável e isso é fato. Temos nossas fases de amigos, os amigos da educação infantil, do ensino fundamental, da rua, do ensino médio, da faculdade, de trabalho e a probabilidade de ter um amigo do trabalho que é desde a época de xixi na fralda e o pior de tudo é que tudo isso acontece e a gente não percebe quando vai deixando cada grupo de amigos antigos pelos novos.
É engraçado quando se pensa dessa maneira e vê que tudo isso já aconteceu com você ou vai acontecer. As pessoas passam nas nossas vidas como um cometa, passa uma vez e para acontecer denovo demora muito tempo ou nunca mais.
Quando terminou a aula, todos pareciam estar com o mesmo pensamento: 'devo dar mais valor as minhas amizades' e assim fica, devemos amar cada um que passa na nossa vida porque a gente não sabe quando ela vai embora e a saudade que vai deixar.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Viva.

É engraçado saber como a vida não vale muita coisa nos dias de hoje. Depende da boa vontade de fulano que não faz p* nenhuma da vida, alguns reais, um jogo de baralho. Será que a vida que tanto prezamos realmente não tem tanto valor assim? Que somos apenas um punhado de matéria ambulante?
É estranho saber que se tu tivesse te atrasado ou adianto mais alguns segundos poderias ser o alvo e não aquela pessoa. As vezes, me dá vontade de acreditar em destino e ter certas dúvidas em livre arbítrio. Digamos que seria uma espécie de: "efeito borboleta".
É revoltante saber que tu podes morrer pela vontade do outro, dele ir com a tua cara ou não. Ter que rezar para que o assaltante julgar que és uma boa pessoa, um honesto brasileiro esforçado e trabalhador.
O que será que leva uma pessoa a matar a outra? Seria fácil culpar o governo, porque ele não dá base para que tenham uma vida mais digna e que não seria necessário ir atrás de meios ilícitos para sobreviver, mas e nós, a sociedade? será que não podemos fazer nada? Sou adepta da filosofia dos Três Mosqueteiros: "um por todos e todos por um!". Se cada um de nós fizéssemos mais pelo próximo, a desigualdade não seria tão grande e provavelmente esse tipo de barbárie não aconteceria.
Quando tomo conhecimento desses fatos, a vontade de viver só aumenta e de aproveitar como se cada dia fosso o último. Não digo que tenho medo de morrer, até porque sou uma pessoa bem resolvida com a morte. Tenho medo de chegar a minha hora e eu não ter feito nem metade do que fora planejado, tenho fobia em ser frustrada.
Seja quem for o culpado e quem deve fazer ou deixar de fazer alguma coisa, deveríamos lutar contra isso e tentar fazer do nosso país um lugar bem melhor e mais seguro para viver.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Quando a gente menos espera, acontece ..

Não sei ao certo como começou e nem quando. Só lembro mais ou menos como estava o tempo, mas nada demais. Era por volta das 15:00, um sol dilacerante e eu estava conversando com um grupo de amigas, esperávamos a hora da aula começar.
Estava tão entretida que nem o vi chegar e se acomodar junto a nós na conversa. Quando me dei conta, estávamos conversando sobre o curso que pretendíamos seguir e o que queríamos fazer no futuro, que por sinal era praticamente a mesma coisa. Não vou mentir, fiquei atordoada com tudo aquilo, afinal de contas, oceanografia não é todo mundo que quer.
Ficamos pouco mais de meia hora conversando e deu a hora de irmos pra aula, assisti a aula numa boa, mas não conseguia tirar os olhos azuis daquele menino da minha cabeça. Digamos que, foi amor à primeira vista. Não acreditava nisso, mas depois desse dia, percebi que realmente pode acontecer. Os dias passaram e eu praticamente perdi o contato com ele, na verdade nem sei se ele lembra da minha cara. Acho que posso dizer que cheguei a esquecê-lo e já não fazia mais tanta diferença pra mim e no que eu podia sentir, até porque, eu já estava enrolada com outro menino.
Assim como não acreditava em amor à primeira vista, não acreditava em destino, mas ontem eu tive a prova que os dois andam juntos. Eu o vi e foi nostálgico, tudo o que eu pensava que não sentia comprovou-se ao contrário. Sentia sim alguma coisa por ele e não era qualquer besteirinha. A vontade de falar com ele e de beijá-lo era enlouquecedora e hoje o vi de longe e deu a mesma vontade. Não sei se vou ficar com ele, falei com algumas amigas e estou na espera do que pode acontecer ou não. Se acontecer ótimo, senão, a fila anda.
E o que tirar dessa história de amor platônico? Simples, não importa quando e nem onde, o amor sempre vai dar um jeito de aparecer e cabe a nós aproveitar essa oportunidade.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Hipocrisia festiva

Era natal, a maioria dos meus amigos ainda estava na rua atrás de presentes para os sobrinhos, presentes esses que não durariam até o final do próximo mês.
Enquanto esse ritual clichê de todos os anos acontecia, eu estava no meu apartamento tomando chocolate quente, ouvindo Bee Gees e esperando a comida chegar, afinal de contas, era natal e eu não iria cozinhar.
Todos os anos é a mesma coisa, enfeites nas casas, Papais Noéis pela rua, crianças pedindo brinquedos com mais intensidade do que nunca, vários e vários convites para comemorar o nascimento de um 'cara' que eu nem tenho certeza se realmente nasceu.
Acho engraçado como as pessoas mudam somente em uma época do ano. Será que ninguém percebe como seria interessante ser bom e generoso o ano todo?
Tenho um tio que durante o ano nem olha para os lados e quando chega essa temporada, enche o carro de brinquedos e distribui para a parte mais pobre da cidade. Acontece o mesmo com um primo, que não faz nada, não trabalha e nem estuda, porém, como já é de se imaginar, ele trabalha de voluntário em uma creche nesse período festivo.
Não estou reclamando por eles fazerem o que fazem, só não gosto dessa hipocrisia que envolve as pessoas. Que por um 'cara' que talvez nem tenha existido, viram as melhores pessoas do mundo e quando passa, só querem saber do seu próprio umbigo.
Sou contra o natal e essas outras datas - feriados - festivas. Enquanto todos saem para se mostrar, expor as suas boas ações e ficar se vangloriando, prefiro ficar em casa, ouvindo Bee Gees e tomando chocolate quente, sendo quem eu sou o ano todo. Só mais um nessa inóspita e pseudo-moralista sociedade.

Vestibular, um caso de amor e ódio.

São 4 da manhã e eu não consigo dormir. Parece que a cada dia que passa os problemas só aumentam. Só penso nele e no que ele já me proporcionou de bom e ruim.
Não sei ao certo o que está passando pela minha cabeça e nem o que eu estou vivenciando. Talvez seja só um dia ruim acompanhado de uma noite pior ainda.
Já se passam das 5 da manhã e meu olho nem pesando está, acho que é o efeito da cafeína em excesso. Não consigo parar de relembrar todo o dia. Na verdade, isso acontece todos os dias. Saio da aula, chego em casa e faço todo o mesmo ritual, almoço, durmo e quando vejo, me pego pensando nele.
Ele é indescritível. Chega a impressionar como eu mudei esse ano com a sua entrada em minha vida. É assustador o poder que ele tem sobre mim, que me faz viver a sua mercê.
Já são seis meses nesse relacionamento, está complicado aguentar mais. Preciso de um tempo e tentar enrolá-lo por pelo menos 15 dias, depois eu volto e tento conviver com ele. É necessário renovar as minhas forças e tentar tomar o controle da situação.
Preciso sair com as minhas amigas denovo, relembrar os bons momentos, sair para tomar uma e com uma pizza. Acredito que duas semanas são necessárias pra fazer tudo o que eu quero.
Não tem como terminar de vez agora, é impossível. Tenho que aguentá-lo por pelo menos mais 5 ou 6 meses, quem sabe e se tudo der certo, final do ano eu termino de vez. Na verdade, não gosto dele, apenas aprendi a conviver e me limitar a aceitar as suas exigências.
Vou conseguir me libertar de suas algemas esse ano, não vou ter capacidade pra tentar mais um ou dois anos. Tenho certeza que não vou sentir sua falta, já falei com algumas pessoas que já passaram por ele e essas não sentem a mínima falta dele. Já me conformei com o tempo que ainda vou ter que tê-lo ao meu lado.